sábado, 6 de novembro de 2010

Um pouco sobre historia NG

História da Escravidão

Ao falarmos em escravidão, é difícil não pensar nos portugueses, espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus navios de negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e cruel por toda a região da América.
Sobre este tema, é difícil não nos lembrarmos dos capitães-de-mato que perseguiam os negros que haviam fugido no Brasil, dos Palmares, da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, da dedicação e idéias defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos ligados a este assunto.
Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem mais antiga do que o tráfico do povo africano. Ela vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus conquistadores. Podemos citar como exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde os começos da História.  
Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais pesadas e rudimentares. Grécia e Roma foi uma delas, estas detinham um grande número de escravos; contudo, muitos de seus escravos eram bem tratados e tiveram a chance de comprar sua liberdade.  
Escravidão no Brasil
No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.
O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.
Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.
Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.
As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.
No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas.
O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. Estes, eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.
Escravidão de negros!

                        Jean-Baptiste Debret (1768-1848) foi um dos principais pintores das condições dos escravos no Brasil Imperial

Trabalho de minas:escravos

Seu dia a dia:

Nas fazendas de cana ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito, de quatorze a dezesseis horas, o que se tornou o principal motivo dos escravos fugirem; outro motivo eram os castigos e o outro era porque recebiam apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade (recebiam pouca comida e no máximo duas vezes por dia). Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas.
Eram constantemente castigados fisicamente (quando um escravo se distraía no trabalho ou por outros motivos, eram amarrados em um tronco de árvore e açoitados, as vezes, até perderem os sentidos); torturando-os fisicamente e psicologicamente, os senhores e seusalgozes buscavam destruir os valores do negro e forçá-lo a aceitar a idéia da superioridade da raça branca sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia. Além de todos esses castigos havia uma máscara que impedia os escravos de beberem e fumarem deixando os vícios; essa máscara era chamada de "máscara de folha de flandres".
A pena de açoite para o escravo só foi abolida por lei imperial de 1885, pouco antes da Lei Áurea.

O fundamento econômico da escravidão

Vale lembrar que a escravidão veio para o Brasil através do mercantilismo: os negros africanos vinham substituir os nativos brasileiros na produção canavieira, pois esse tráfico dava lucro à Coroa Portuguesa, que recebia os impostos dos traficantes. Até 1850, a economia era quase que exclusivamente movida pelo braço escravo. O cativo estava na base de toda a atividade, desde a produção do caféaçúcar,algodãotabaco, transporte de cargas, às mais diversas funções no meio urbano: carpinteiropintorpedreirosapateiroferreiromarceneiro, entre outras, embora várias dessas profissões fossem exercidas principalmente por cristãos-novos.

Os negros, trazidos do continente Africano, eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido as péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam durante a viagem. Após o desembarque eles eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e desumana. 


                           
                                   Alguns negros eram selecionados para serem reprodutores
Trabalho escravo

Trabalho escravo: uma herança perversa do capitalismo brasileiro

Os escravos das minas tinham condições de vida miseráveis e eram colocados a trabalhar o máximo de horas possível a troco de uma alimentação muito pobre (os locais onde ficavam as minas eram afastados das zonas agrícolas e das cidades). 



Os empreendimentos de mineração empregavam escravos e outros!


ciclo do ouro - trabalho em mina 
Trabalho escravo em mina de ouro (obra de Rugendas)
rabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade.
 
No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria
As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia. 
Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação.
Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.

Site e livro que recomendamos:
*Site:

Livros:Escravidão e historia economica


Noticias



Estudo analisa condições físicas e de saúde de escravos com base em anúncios

Renata Moehlecke

Na segunda metade do século 19, o Jornal do Commercio do Rio de Janeiro era um dos principais periódicos do país e apresentava uma gama variada de assuntos, com sessões que iam desde as últimas notícias da Europa até avisos de escravos fugitivos. Esses anúncios de notificação de fuga apelavam pela identificação e devolução dos cativos, baseados em uma estrutura básica repetitiva, que apontava dados característicos (idade, aparência e condições físicas, profissão, costumes etc), locais onde viviam e os nomes de seus proprietários.
 Aquarela <EM>Escravos doentes</EM> (1819-20), de Henry Chamberlain
Aquarela Escravos doentes (1819-20), de Henry Chamberlain


É a partir desses anúncios descritivos, publicados no ano de 1850, que a historiadora Márcia Amantino resolveu tentar compreender alguns aspectos sociais e cotidianos da escravidão. Em artigo presente na mais recente edição da revista História, Ciências e Saúde – Manguinhos, da Fiocruz, a pesquisadora verifica as condições de saúde e dos corpos de escravos cuja fuga foi anunciada no jornal em questão. “Valendo-se das características e da saúde desses escravos, pode-se inferir a situação em que viviam”, comenta Márcia.
Foram utilizadas duas estratégias para a obtenção de um panorama das condições físicas dos escravos fugidos. Uma se deu por meio da análise das descrições feitas pelos senhores; a outra, mais ligada à saúde, fundamentou-se no detalhamento dos problemas físicos que cada escravo fugitivo possuía, relacionado ao saber médico ou popular da época. Segundo a historiadora, os anúncios revelam informações de ordem patológica e etiológica (que tem a ver com a enfermidade e com o agente causador desta, respectivamente), assim como fornece dados sobre aspectos anatômicos.
 Cartaz afixado no Rio de Janeiro que alertava sobre escravo fugido em 1854
Cartaz afixado no Rio de Janeiro que alertava sobre escravo fugido em 1854


A situação patológica que mais se destacou nos itens avaliados refere-se ao tipo infectocontagioso, sendo a varíola a mais aludida. “É grande o número de escravos citados nos anúncios como portadores de varíola ou bexigosos, ou ainda como portadores das marcas deixadas pela doença, pois os que sobreviviam a ela ficavam marcados pelo resto da vida”, esclarece Márcia. Ela acrescenta que, entre os casos observados, as doenças causadas por traumas decorrentes de lesões ocupam o segundo lugar em prevalência. Somando-se a estas a classe de doenças provocadas por carências, de acordo com a pesquisadora, fica visível que mais de um terço do universo de indivíduos analisados não possuía boas condições de vida e trabalho.
Outro indicativo da precariedade da saúde dessa população, segundo Márcia, são as marcas corporais, que aparecem classificadas em cinco grupos diferentes. O primeiro e o segundo estão relacionados às marcas infligidas por esses próprios indivíduos, conforme hábitos e crenças das nações de origem. O terceiro é composto por marcas de propriedade de seus senhores. O quarto e o quinto grupo se referem a cicatrizes sem referências específicas e marcas de castigos, respectivamente.
 Anúncios de escravos fugidos veiculados no jornal <EM>O Liberal de Minas</EM> (1868)
Anúncios de escravos fugidos veiculados no jornal O Liberal de Minas (1868)


“Para concluir, pode-se afirmar que as evidências de condições patológicas levantadas a partir dos anúncios de fujões aqui discutidos, pela sua natureza e pela freqüência em que ocorrem, parecem reforçar a hipótese de que um dos grandes motivos que levavam o escravo a fugir eram os maus-tratos, infligidos talvez com a intenção de marcar o corpo como lição àquele e a outros rebeldes”, diz a historiadora, que complementa que maus-tratos não são somente castigos físicos, mas também a má alimentação e a quebra nos diretos adquiridos.
Márcia ainda elucida que não era lucrativo para os senhores pagar pela recompensa e por um escravo impedido de realizar plenamente suas atividades em função das doenças. No entanto, até os doentes mais graves eram procurados. “Tal fato remete não à lógica econômica, mas a uma lógica social de controle da escravaria, em que seria importante recapturar os fugitivos para que servissem de exemplo aos demais, e não apenas para que retornassem a seu papel de produção”.

Curiosidade

Dia da Consciência NegraHistória do Dia da Consciência Negra, cultura afro-brasileira, importância da data, quem foi Zumbi dos Palmares
dia da consciência negra
Zumbi dos Palmares: um herói brasileiro

  
História do Dia Nacional da Consciência Negra
Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.
Importância da Data
A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os 
  



negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. 
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. 
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.


 Beatriz e Bianca
Trabalho:"Os trabalhadores de minas:escravos"

Desculpe se o começo esta ruim mais te mostrarei o que esta escrito nele:

História da Escravidão

Ao falarmos em escravidão, é difícil não pensar nos portugueses, espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus navios de negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e cruel por toda a região da América.
Sobre este tema, é difícil não nos lembrarmos dos capitães-de-mato que perseguiam os negros que haviam fugido no Brasil, dos Palmares, da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, da dedicação e idéias defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos ligados a este assunto. 
Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem mais antiga do que o tráfico do povo africano. Ela vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus conquistadores. Podemos citar como exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde os começos da História.  

Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais pesadas e rudimentares. Grécia e Roma foi uma delas, estas detinham um grande número de escravos; contudo, muitos de seus escravos eram bem tratados e tiveram a chance de comprar sua liberdade.  

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